Quinta da Boavista: o ano da confirmação

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Se alguém tinha dúvidas sobre a qualidade dos vinhos que se seguiriam à colheita inaugural de 2013, o lançamento dos vinhos de 2014 confirmou a excelência de um projeto que, apesar de muito recente, já alcançou o estrelato.

 

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia FOTOS Cortesia do produtor

A Quinta da Boavista é uma propriedade de 80 hectares – 40 dos quais de vinha, com benefício de letra A (a melhor designação para a produção de vinhos do Porto) –, sita em pleno Cima-Corgo, não muito longe do Pinhão, na margem direita do rio Douro junto a Chanceleiros. A par das vinhas velhas, com castas misturadas, existem na propriedade Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinto Cão, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Sousão, mas também um pouco de Alicante Bouschet e Donzelinho Tinto. Na casa da quinta pernoitava e trabalhava o Barão de Forrester, uma das mais célebres personalidades do Douro e do Vinho do Porto, facto histórico que, em conjunto com a beleza dos seus vinhedos, contribuiu para a grande fama da propriedade.

Segundo Rui Cunha, o enólogo responsável pelo projeto em conjunto com Jean-Claude Berrouet (enólogo-consultor, que durante mais de quatro décadas foi o criador do Château Pétrus), as suas vinhas velhas, que se espalham por um deslumbrante cenário geométrico de socalcos em xisto, e condições climatéricas especificas sentidas na propriedade, fazem da Boavista um terroir único. Adquirida pela empresa Lima Smith apenas alguns meses antes da vindima de 2013, os primeiros vinhos, feitos com uvas dos 10 hectares de vinhas velhas da propriedade, foram lançados em Setembro de 2016.

Para Tony Smith, proprietário, cada nova colheita é (ainda) um momento de enorme expectativa e entusiasmo. Isto apesar de os tintos de 2013 terem recebido o melhor feedback possível por parte da crítica e do mercado. Para 2014, primeiro ano em que a empresa acompanhou todo o ano agrícola, o foco manteve-se na produção de um fantástico tinto Reserva que o produtor pretende que se torne num dos tintos de referência do Douro. Ao portfolio somou-se, contudo, mais um novo monovarietal, desta feita de Tinto Cão.

Este tinto e o Touriga Nacional (que já tinha tido uma edição em 2013) são os únicos monovarietais disponíveis, e o produtor faz questão de dizer que apenas são produzidos uma vez que o lote do Reserva não precisava das respetivas uvas. São, nas palavras de Rui Cunha, a parte restante que não entrou no lote do Reserva, ou seja, são vinhos quase residuais. A qualidade de ambos, todavia, comprova que as uvas da Quinta da Boavista só servem para fazer grandes vinhos, e a marca da barrica nos vinhos (sendo que nos monocastas a dimensão das barricas é, por regra, superior à do Reserva) mantém-se a um nível excelso.

Quanto ao ano de 2014, Tony Smith ‘joga à defesa’ e diz apenas que houve muita qualidade, ainda que menos quantidade. Aqui e ali faz já elogios à colheita seguinte (2015), mas sabe bem que, por agora, é preciso vender a de 2014. Quanto a nós, 2014 é um ano que não se deve desvalorizar, sobretudo em relação a produtores – como é o caso da Quinta da Boavista – que vindimaram antes das chuvas. De resto, a par do Reserva e dos monovarietais de Tinto Cão e Touriga Nacional, serão também lançados, tal como sucedeu em 2013, dois vinhos de vinhas diferentes, os fantásticos Vinha do Ujo e Vinha do Oratório.

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