TINTOS DE 2009: BELOS VINHOS EM ANO DIFÍCIL

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Após dois anos seguidos de estios suaves – 2007 e 2008 – eis que surge um ano complicado que se tornou muito desafiante para os produtores. Como se vê, muitos superaram o desafio com todo o brilhantismo.

TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Ricardo Palma Veiga

O assunto das alterações climáticas há muitos anos que é tema de conversa, de preocupação e de análise por parte dos especialistas. O clima nunca foi, mesmo em tempos recuados, uma linha contínua e sempre existiram anos quentes e outros frios, uns chuvosos e outros secos. A batida frase do “não há duas vindimas iguais” não sei quando foi criada, mas poderá ter sido em tempo imemoriais, tal a “normalidade” com que as variações climáticas devem ser entendidas. Mais recentemente tem-se verificado um aumento da temperatura média e o que mais temos conhecido – e isso por força da desvairada intervenção do homem no meio ambiente – são acidentes climáticos constantes, como se um ano normal com a chuva e o calor no momento certo já fossem assuntos de um passado cada vez mais longínquo.
Tudo isto vem a propósito do ano de 2009. Os dois anteriores quase que davam razão aos que se recusavam a aceitar a inevitabilidade da alteração do clima. Tínhamos tido então dois verões amenos e não é assim por acaso que, por exemplo, os brancos de 2008 ainda estejam em excelente forma, sem sinais de oxidação precoce, ou seja, tudo aquilo que um enófilo gosta de ouvir, de beber e de sorrir perante as garrafas que tem em cave.
Os verões suaves permitem maturações lentas e sem sobressaltos, o Eden para os enólogos e viticultores. Foi assim em 2007 e 2008 e até deu para pensar que, afinal, as alterações climáticas não eram nenhum papão. Mas o ano de 2009 veio mostrar que as preocupações faziam sentido e que, por mais que se tente, é quase inevitável que a forma como decorreu o ano do ponto de vista climático acabe por influenciar o perfil, o estilo, a longevidade e a energia dos vinhos. Isto é ainda mais verdade se estivermos a falar de tintos de topo, aqueles que os produtores pretendem que sejam a expressão do terroir, da vinha e da sua idade e, por arrastamento, do clima. Esse são quase sempre vinhos menos intervencionados e é neles que é mais fácil fazer a leitura do ano.
O desenvolvimento do ano vitícola de 2009 começou com uma pesada herança, ou seja, um Inverno muito seco com pouca pluviosidade. Em Novembro de 2008 estávamos então no sétimo mês consecutivo com pluviosidade abaixo do normal, o que se prolongou até Janeiro. Tivemos um Inverno muito frio, com neve em zonas pouco habituais e também no Douro. Só em Janeiro começou a chover com força tendo então superado as médias de pluviosidade. A chuva prolongou-se no mês de Fevereiro, juntamente com frio. Março despertou com temperaturas amenas e muito baixa pluviosidade. O Verão foi depois muito quente e seco (no Douro apenas 7 mm de chuva em Julho, Agosto e Setembro), somente com alguns “pingos de água” que não chegaram para evitar que muitas castas tivessem resistido mal ao excesso de calor e isso também acabou por determinar o perfil dos vinhos, mais cálidos e maduros, sobretudo nas zonas mais a sul do país. Em quantidade, a produção foi muito baixa. Tudo obrigou a um trabalho de vindima de grande precisão para se saber seleccionar exactamente o que colher em cada momento, muito mais em função da maturação do que a já tradicional vindima por parcela e por casta.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Trabalhos compensados
A prova que agora fizemos – e que a cada ano que passa nos mostra que o número de amostras a selecionar poderia ser multiplicado por dois, três ou quatro – evidenciou aquilo que se tem vindo a confirmar nos últimos anos: a moderna viticultura, capaz de produzir uvas de excelente qualidade e muito equilibradas, permite depois, com menos intervenção, fazer grandes vinhos, mesmo em anos difíceis. Todo o país está nesta “onda” e por isso encontramos muito bons vinhos em todas as regiões. Neste caso, o 2009 foi um pouco mais castigador para as zonas do sul, em virtude do calor imenso, gerando vinhos mais cálidos. No Dão, embora o número de amostras em prova não permita considerações sustentadas, provámos vinhos de grande equilíbrio, o que nada tem de estranho pois essa é mesmo a principal característica da região. Tivemos em prova mais amostras do Douro e os resultados mostraram que as cepas mais velhas (quase todos os vinhos provados desta região tinham origem em vinhas com idade) resistiram bem ao calor e não deixaram de originar grandes vinhos. Por comparação com outras provas anteriores dos tintos com 10 anos de idade, verificamos que a origem dos melhores vinhos varia, o que é sinal de que os vinhos espelham o ano e as maiores ou menores dificuldades de cada produtor.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34364″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Desconcertante foi o número de segundas garrafas que tiveram de ser abertas, mais propriamente sete, o que representa um percentagem de quase 30%, o que é muito: duas delas por TCA evidente (num dos casos a rolha, visualmente, era uma obra de arte) e as outras pelo problema bem mais irritante do “isto não está bem, vamos abrir a segunda”, atitude que se revelou bem compensadora, já que todas as segundas garrafas abertas estavam em muito boa forma.
Globalmente, fomos surpreendidos muito positivamente pela incrível juventude de muitos dos vinhos provados, com imensa vida pela frente, longe de chegarem ao plateau onde permanecerão, cremos, por muito tempo. E alguns deles poderão mesmo, no futuro, dar ainda melhor prova do que nesta fase.
Há painéis de prova que são mais fáceis ou agradáveis do que outros. Provar estes tintos com uma década, no auge das suas qualidades, é algo que enriquece e compensa esta vida de provador.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]

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Edição Nº22, Fevereiro 2018

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row]

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