10 Razões para ir comer ao bordel da Alice

Numa antiga arrecadação da Pensão Amor, em Lisboa, nasceu um restaurante que é um espectáculo erótico-gourmet. Saiba porque é que tem mesmo de ir ver — e comer — a Alice no País dos Bordéis. Já.

 

1. Trata-se de uma peça de teatro imersivo e isso, só por si, é divertido. O público é convidado a entrar no mundo dos bordéis do Cais do Sodré e a interagir com o actor Francisco Beatriz ou com a actriz Sofia Portugal, que protagonizam a personagem Alice em diferentes sessões.

2. No final do espectáculo, que dura cerca de meia hora, a peça prossegue ao balcão do bordel. A comida é bem real, uma das melhores experiências de alta-cozinha que pode ter em Lisboa, neste momento.

3. Esta é única forma de conhecer um piso secreto da Pensão Amor. Onde antes funcionou a arrecadação do bordel, mesmo por baixo do bar, está um andar de tectos baixos que esconde diversos artefactos do universo erótico-porno.

4. Durante o shot de teatro, antes do jantar propriamente dito, vai ficar a saber como funcionavam os bordéis do Cais do Sodré. Para recuperar o ambiente antigo, foram resgatados alguns objectos históricos. Roger Mor, autor da peça, destaca as fotografias por cima da imagem de Eusébio que recuperam o submundo da comunidade travesti dos anos 60 e 70.

5. Conheça também excertos de filmes pornográficos que não encontrará facilmente na Internet. Trata-se das primeiras imagens em movimento do género, produzidas no início do século XX.

6. Daqui a uns anos vai poder dizer: “Eu fui um dos primeiros a experimentar a cozinha de Guilherme Spalk.” O jovem chef, que lidera a equipa de quatro pessoas responsáveis pelas comidas e pelos vinhos, tem tudo para se tornar num caso sério.

7. A degustação Fecha as Pernas e Abre a Boca conta com 10 pratos e pratinhos, tudo alta relojoaria culinária, e vinhos que podem incluir desde o espumante Blanc des Blancs de Luís Pato ao Automático, o branco do Dão feito com uma das castas do momento, o Encruzado.

8. Se nunca comeu faisão, tem aqui uma oportunidade rara. O prato principal de carne usa esta ave e Guilherme Spalk é mestre a tratá-la. O bicho vem de Inglaterra, congelado, mas é selvagem. Acompanha com amêndoa torrada, alperce seco e nectarina, bem como com um creme de bolbo de aipo.

9. A experiência, idealmente, deve ser vivida em casal. No final pode sentir efeitos afrodisíacos — e não apenas por causa da ostra no topo do linguado. Deixe o comprimido azul no bolso.

10. Os 70 euros por pessoa que custa a peça e a degustação são um dos melhores negócios de Lisboa, mesmo contando apenas com a experiência de fine dining. Mas apressem-se: em Novembro a Alice deixa a má vida.

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