Alhos novos

TEXTO Ricardo Dias Felner

UMA das grandes dores de cabeça para os cozinheiros, amadores ou profissionais, são os alhos. Quase todas as cabeças que comprei nos últimos meses estavam velhas e bafientas, uma fatalidade. Para se ter uma ideia da tragédia, no Natal, um tacho de roupa velha acabou irremediavelmente afectado por causa de um único bolbo e eu fui submetido à fúria de 30 familiares famintos.

A boa notícia é que, por esta altura, o drama acaba. Desde Maio que já se encontram em alguns mercados uns alhos extraordiná­rios, acabados de apanhar. A maioria terá sido plantada em finais de Outubro, estando agora em fase de amadurecimento ou seca­gem. Há quem lhes chame alhos jovens ou novos, e são identifi­cáveis por terem umas riscas arroxeadas e o interior da rama ainda esverdeado. No bolbo, os dentes são bem mais fáceis de descascar do que os dos alhos secos, uma vez que a pele é uma membrana grossa. Na boca, nota-se um picante fresco, menos amargos, sendo por isso reco­mendáveis em cru, para todo o tipo de saladas de petisco (experimente com batatas novas, ervilhas tortas e pimenta da terra) ou para terminar um bife com um fio de bom azeite. Procure, prove. E lave bem os dentes.

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